
Com esse teu ar
de arcanjo negro
polido e magro
triste e alheado
ficas por vezes quase etereo
calado
enquanto eu te olho docemente
Num espanto condenado
quase mistico
debruco-me secratamente
a
tua beira
e numa especie de prece
porque existes
alheado- magro
belo e triste
estou de joelhos
meu amor
e beijo-te
Maria Teresa Horta(CANDELABRO, 1964)

No comments:
Post a Comment