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O que resta....
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Timoneira
Hoje sentada longe do mar
Tenho lágrimas cortadas,
penduradas por fios
ondas explicadas.
Aonde será que vou?
recebi um poema de ti
Para mim.
Longe de mim és a presença
Mais azul da escuridão.
O mar!
Vivo entre línguas estrangeiras
num bairro esgotado
vingado pelas marés divididas
num mundo que não é meu.
Nao sei aonde vivo.
Amigo, arrumamos as malas,
noutra história que nos enche as almas
Venho confessar o que não devo,
num mar mudo. No poema que não se cala.
By Susana Pestana
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